Representantes de grupos ligados à federação afirmam estar fora da programação oficial da Secretaria Municipal de Cultura e pedem diálogo para garantir participação no calendário carnavalesco
Por Mauro Garcia: DRT/MA.1270
Na quarta-feira (17), representantes de blocos alternativos de rua ligados à federação que congrega essas agremiações se reuniram em São Luís para discutir a exclusão dos grupos da atual programação da Secretaria Municipal de Cultura (Secult).
Segundo os organizadores, os blocos alternativos — que historicamente compõem parte significativa da diversidade cultural do Carnaval ludovicense — não foram contemplados até o momento nas ações e no planejamento oficial da festa promovida pelo poder público municipal.
O encontro teve como principal objetivo articular uma reivindicação conjunta para que a Secult reconheça a magnitude carnavalesca desses blocos e garanta sua inclusão no Carnaval de São Luís de 2026. Os representantes defendem que os grupos alternativos cumprem um papel essencial na democratização da festa, levando cultura, música e identidade popular para bairros e comunidades que muitas vezes ficam fora dos grandes circuitos.
“Não estamos pedindo privilégio, mas reconhecimento. Os blocos alternativos fazem parte da história do Carnaval de São Luís e precisam ser tratados como tal”, afirmou um dos participantes da reunião.
Os representantes ressaltaram ainda que a exclusão compromete não apenas os grupos culturais, mas também músicos, produtores, costureiras, artesãos e trabalhadores informais que dependem do período carnavalesco para geração de renda.
A federação informou que pretende formalizar um pedido de diálogo com a Secretaria Municipal de Cultura nos próximos meses, com a expectativa de que haja tempo hábil para a construção de uma programação mais inclusiva para 2026.
Procurada, a Secretaria Municipal de Cultura ainda não se manifestou sobre as reivindicações apresentadas pelos blocos alternativos.











