Aeroporto Internacional de São Luís/Marechal Hugo da Cunha Machado completou nesta semana (6/2) 44 anos sob administração da Infraero. E a promessa é que o terminal receba melhorias em 2018 para aumentar a qualidade do serviço prestado aos passageiros.
A expectativa é licitar, ainda na primeira metade do ano, as obras de revitalização do pátio da aviação regular, taxiways e pista de pouso e decolagem. Nos últimos anos, o aeroporto passou por várias melhorias, como a duplicação da área de embarque, a substituição de todas as esteiras de bagagens, balanças e balcões de check-in e a ampliação do terminal de passageiros.
Nesse sentido, segundo o superintendente do aeroporto, Sérgio Kennedy, a Infraero busca aumentar ainda mais a qualidade do serviço, já que existem negociações para que o terminal volte a oferecer voos internacionais regularmente.
“O aeroporto tem recebido voos internacionais charteres e privados, em cumprimento à determinação da Receita Federal do Brasil que o habilita apenas para essas operações. Mas temos trabalhado junto ao estado e ao município para fomentar o incremento de mais voos, expandindo rotas e novos destinos, inclusive internacionais”, afirmou Kennedy.
O aeroporto da capital maranhense é um dos mais importantes do Nordeste brasileiro – em 2017, mais de 1,5 milhão de passageiros transitaram pelo terminal, que tem capacidade de receber até 5,9 milhões de pessoas. E os visitantes não são apenas os turistas. Sérgio Kennedy explica que a região também tem vocação empresarial.
“Considerando o complexo portuário integrado pelos terminais de Itaqui, Ponta da Madeira e Alumar, eles são responsáveis por mais de 50% da movimentação de cargas portuárias do Norte e do Nordeste. Nesse contexto, o aeroporto se constitui em importante porta de entrada para o desenvolvimento de toda a região metropolitana”, disse.
Operam regularmente no aeroporto três companhias aéreas: Latam, Gol e Azul, que operam regularmente 24 voos diários, cujos principais destinos são Recife, Imperatriz, Guarulhos, Belém, Brasília, Confins, Fortaleza e Rio de Janeiro.
Papel crucial na II Guerra Mundial
A história do aeroporto teve início na década de 1940, quando uma pista de grama, com cerca de mil metros de comprimento, atendia à Base Aérea do Exército Brasileiro, sendo o único meio pelo qual a capital maranhense dispunha para receber voos.
Em 1943, em plena II Guerra Mundial, após vários acordos entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, foi instalada no local uma Base Aérea para servir de apoio ao Exército e à Marinha norte-americana.
A partir de então, com a necessidade de uma infraestrutura para receber todo o aparato bélico, além das modernas aeronaves de combate, foram construídos uma pista de taxiamento e o pátio da aviação geral, com pavimentação asfáltica.
Três anos mais tarde, com o fim da guerra, as instalações foram entregues ao Ministério da Aeronáutica.
Em 1974, a Infraero passa a administrar o terminal, que recebeu a o nome de Aeroporto do Tirirical, em referência ao bairro em que se encontra instalado.
Onze anos depois, em 1985, o aeroporto passa a se chamar Marechal Cunha Machado, em homenagem a um ilustre militar, representante do Brasil na Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).
Sobre Hugo da Cunha Machado