O governo e o Exército brasileiros estavam em franca negociação com o governo filipino para o envio de 28 tanques blindados da classe Guarani. Entretanto a Alemanha, em uma decisão que tem o potencial de estremecer as relações diplomáticas entre os dois países, impôs o embargo à venda dos blindados para as Filipinas. Esta ação ocorre imediatamente após a confirmação do governo Lula acerca do não envio de munições e material bélico dos tanques Leopard, fabricados na Alemanha. O escritório governamental alemão de controle de exportação, o Federal office for Economic Affair qnd Export Control é o responsável por essa controversa decisão.
A recente decisão brasileira foi, na verdade, uma continuidade da decisão do governo de Jair Bolsonaro que, de forma polida, negou o envio de equipamentos e munição dos tanques Leopard, fabricados na Alemanha, à Ucrânia. Essas atitudes dos governos Lula e Bolsonaro ocorreram mesmo após os reiterados pedidos do governo alemão, fato que gerou um grande desconforto entre os países.
Os blindados Guarani são de fabricação nacional, porém possuem peças e sistemas de origem alemã. Logo, a importação deles só ocorre com a concordância dos alemães. Sem a aprovação destes, o Brasil fica impedido de prosseguir com a transação comercial que contou com a intermediação do governo israelense.
Com esse embargo, o país perde – no mínimo – 140 milhões, considerando-se o valor mínimo de 5 milhões de reais por blindado que, em função dos equipamentos e armamentos, pode chegar ao valor máximo de 12 milhões.
A empresa responsável pela construção do Guarani é a a Iveco Defence Vehicles/Latin America. Já foram entregues ao Exército 600 unidades do blindado que recebe a nomenclatura no EB de viatura blindada de transporte de pessoal média sobre rodas (VBTP-MSR). O veículo é o substituto do clássico Urutu.
Atualmente já existem cinco blindados aguardando o comprador. A revista Veja também atribuiu as informações a fontes do Ministério da Defesa.
Fonte: Revista Veja.