A greve dos caminhoneiros em todo o Brasil, paralisou o fornecimento de combustíveis e vários outros segmentos da indústria em todo o país, acarretando no desabastecimento de postos e até supermercados em todo o país. A situação está sendo normalizada, mas os consumidores reclamam da alta dos preços.
O protesto dos caminhoneiros gerou reflexos no setor alimentício. No Centro de Abastecimento de São Luís (Ceasa), a situação ainda segue complicada em comparação à quantidade de caminhões carregados de frutas, legumes e verduras que abasteciam o cohortifruti antes da greve.
Na manhã de ontem, 3, cerca de 20 caminhões haviam descarregados na Ceasa, embora ainda não seguisse o fluxo normal da quantidade de caminhões que costumam entrar no Centro de Abastecimento, que chega a ser quatro vezes mais.
Ademilson Dall Agnol, proprietário de uma empresa de transportes de importação e exportação de hortifrúti, estipulou que cerca de 70% do abastecimento já foi normalizado, e disse que o movimento ainda está fraco, mas que no decorrer da semana, a situação será normalizada. “Já está entrando uma quantidade maior de mercadoria, mesmo ainda havendo problemas com o transporte, mas acho que até o final da semana, a situação do abastecimento e os preços [dos produtos] serão normalizados”.
Em reportagem publicada em O Estado na edição de fim de semana, o presidente do Ceasa, Milton Gadelha garantiu que até o final desta semana, o abastecimento seja normalizado e, consequentemente, todo o estoque também volte ao normal.
Supermercados
Em um supermercado localizado no bairro da Cohama, onde o abastecimento do hortifruti era precário até sexta-feira passada, as prateleiras voltaram a ser abastecidas, mas os consumidores dizem que os preços continuam acima do qual costumavam comprar os produtos.
Em um supermercado localizado no bairro da Cohama, onde o abastecimento do hortifruti era precário até sexta-feira passada, as prateleiras voltaram a ser abastecidas, mas os consumidores dizem que os preços continuam acima do qual costumavam comprar os produtos.
O preço da batata, que esteve em falta por alguns dias continua alto, está beirando os R$ 4,10 o quilo, sendo considerado caro pelos consumidores que costumavam comprar mais barato, com valor em torno de R$ 3,50.
A greve
No Maranhão, rodovias federais ficaram bloqueadas durante nove dias da greve, e, mesmo com o pouco tempo, foi suficiente para que a população sentisse no tanque do carro, na lista do supermercado e, principalmente, no bolso, os efeitos que as manifestações causaram.
No Maranhão, rodovias federais ficaram bloqueadas durante nove dias da greve, e, mesmo com o pouco tempo, foi suficiente para que a população sentisse no tanque do carro, na lista do supermercado e, principalmente, no bolso, os efeitos que as manifestações causaram.
Na capital, rapidamente, quase todos os postos ficaram sem combustíveis, em consequência disso, milhares de pessoas ficaram prejudicadas. A situação tornou-se caótica, a ponto de escolas e universidade pararem a rotina por causa da redução na frota do transporte coletivo.
No dia 27 de maio, os grevistas conseguiram que o Governo Federal reduzisse o preço cobrado pelo óleo diesel – por qual reivindicavam, e decidiram liberar as rodovias para seguirem suas tarefas de transporte de cargas.
Após os nove dias da greve, postos voltaram a receber combustíveis e supermercados começaram a receber, aos poucos, os produtos industrializados faltosos. Mas a alta dos preços ainda é pertinente, e motoristas buscam postos em que o combustível esteja mais barato para poderem realizar o abastecimento, pois, hoje, o valor médio da gasolina, em toda a capital, é de R$ 4,20, enquanto antes da greve, a média era R$ 3,70.
Na sexta-feira, 1º, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgou um panorama da situação de abastecimento em todas as regiões do país. De acordo com o órgão, o abastecimento de líquidos e GLP (gás de cozinha) já está normalizado em todo o estado do Maranhão.
Fonte: O Estado do Maranhão