A PM
(Polícia Militar) e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) dispersaram com bombas
de efeito moral e balas de borracha professores da rede pública de São Paulo
que protestam, nesta quarta-feira (14), na Câmara Municipal. Uma professora ficou
ferida no ato contra um projeto de reforma da Previdência municipal, que aumenta
a contribuição dos servidores públicos.
(Polícia Militar) e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) dispersaram com bombas
de efeito moral e balas de borracha professores da rede pública de São Paulo
que protestam, nesta quarta-feira (14), na Câmara Municipal. Uma professora ficou
ferida no ato contra um projeto de reforma da Previdência municipal, que aumenta
a contribuição dos servidores públicos.
Professores
e outros servidores municipais protestaram desde o início da manhã contra o
projeto enviado pelo Executivo para análise dos vereadores. Pela manhã, houve
tentativa de invasão da Câmara por parte dos manifestantes.
e outros servidores municipais protestaram desde o início da manhã contra o
projeto enviado pelo Executivo para análise dos vereadores. Pela manhã, houve
tentativa de invasão da Câmara por parte dos manifestantes.
À tarde, após liberar
a entrada para que parte dos manifestantes acompanhasse a análise do texto na
CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), houve nova confusão, dentro e fora do
prédio.
a entrada para que parte dos manifestantes acompanhasse a análise do texto na
CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), houve nova confusão, dentro e fora do
prédio.
Por volta
das 16h, bombas lançadas pelos policiais chegaram até a calçada oposta à da
Câmara, onde ficam prédios residenciais. A confusão se espalhou pelas ruas vizinhas.
Do lado de dentro da Câmara, funcionários municipais — alguns, da própria casa
– gritavam “Abaixo a repressão” aos guardas municipais que protegiam a
entrada principal.
das 16h, bombas lançadas pelos policiais chegaram até a calçada oposta à da
Câmara, onde ficam prédios residenciais. A confusão se espalhou pelas ruas vizinhas.
Do lado de dentro da Câmara, funcionários municipais — alguns, da própria casa
– gritavam “Abaixo a repressão” aos guardas municipais que protegiam a
entrada principal.
O estopim
para a confusão foi, segundo relato dos manifestantes, a agressão a uma professora
dentro do Salão Nobre da Câmara, onde a CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça) se reúne para debater o projeto.
para a confusão foi, segundo relato dos manifestantes, a agressão a uma professora
dentro do Salão Nobre da Câmara, onde a CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça) se reúne para debater o projeto.
Do lado de
dentro, no Salão Nobre localizado no oitavo andar do prédio, vereadores da
comissão analisaram o texto cercados por um cordão de isolamento feito por guardas
municipais.
dentro, no Salão Nobre localizado no oitavo andar do prédio, vereadores da
comissão analisaram o texto cercados por um cordão de isolamento feito por guardas
municipais.
A agressão à
professora aconteceu enquanto o projeto era lido em sessão da CCJ no Salão
Nobre. O espaço havia sido preenchido já no final da manhã, razão pela qual a
GCM fechara o acesso principal da Câmara ao público.
professora aconteceu enquanto o projeto era lido em sessão da CCJ no Salão
Nobre. O espaço havia sido preenchido já no final da manhã, razão pela qual a
GCM fechara o acesso principal da Câmara ao público.
Testemunhas
relataram ao UOL que a professora Luciana Xavier, 42, foi agredida por um
guarda civil metropolitana que integrava um cordão de isolamento em torno da
mesa dos vereadores da comissão. Nesse momento, a sessão transcorria tensa, com
manifestantes lançando xingamentos e gritos de guerra aos parlamentares a fim
de que o projeto caísse da pauta.
relataram ao UOL que a professora Luciana Xavier, 42, foi agredida por um
guarda civil metropolitana que integrava um cordão de isolamento em torno da
mesa dos vereadores da comissão. Nesse momento, a sessão transcorria tensa, com
manifestantes lançando xingamentos e gritos de guerra aos parlamentares a fim
de que o projeto caísse da pauta.
“A GCM
acertou duas professoras, uma delas, a Luciana. Agrediram professoras que
protestavam por um direito da categoria, de forma covarde, contra a dignidade humana.
Adianta homenagear a mulher no dia 8 e agredir como fizeram hoje?”, disse
Ricardo Pinto, 41, professor da rede municipal desde 2006. Ele contou que estava
ao lado de Luciana quando ela foi agredida.
acertou duas professoras, uma delas, a Luciana. Agrediram professoras que
protestavam por um direito da categoria, de forma covarde, contra a dignidade humana.
Adianta homenagear a mulher no dia 8 e agredir como fizeram hoje?”, disse
Ricardo Pinto, 41, professor da rede municipal desde 2006. Ele contou que estava
ao lado de Luciana quando ela foi agredida.
Segundo a
assessoria de imprensa da Câmara, o líder do Executivo, João Jorge (PSDB), lia
o relatório da CCJ ao projeto quando foi atingindo por uma garrafa plástica
lançada pelos manifestantes. Com a ação, outros vereadores teriam se afastado
da mesa, e Claudio Fonseca (PPS), contrário ao projeto, caído ao chão.
assessoria de imprensa da Câmara, o líder do Executivo, João Jorge (PSDB), lia
o relatório da CCJ ao projeto quando foi atingindo por uma garrafa plástica
lançada pelos manifestantes. Com a ação, outros vereadores teriam se afastado
da mesa, e Claudio Fonseca (PPS), contrário ao projeto, caído ao chão.
Do lado de
fora do prédio, manifestantes usaram uma das barreiras metálicas de proteção
para forçar a entrada no prédio. A PM reagiu com mais bombas.
fora do prédio, manifestantes usaram uma das barreiras metálicas de proteção
para forçar a entrada no prédio. A PM reagiu com mais bombas.
O texto foi
aprovado pela comissão por volta das 15h45 e enviado ao plenário. Por volta das
17h20, após pelo menos duas tentativas de convocação que não atingiram o
quórum suficiente, o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), cancelou as
sessões previstas para hoje.
aprovado pela comissão por volta das 15h45 e enviado ao plenário. Por volta das
17h20, após pelo menos duas tentativas de convocação que não atingiram o
quórum suficiente, o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), cancelou as
sessões previstas para hoje.
Antes de
encerrar as atividades, Leite anunciou o que classificou como um “esquema
de segurança” para a realização de uma audiência pública que debaterá o
projeto de lei amanhã (15), às 15h. Segundo ele, ainda hoje serão distribuídas senhas
para o acompanhamento da audiência, sendo metade delas para os sindicatos e
outra metade para a população em geral. “É o critério possível para os
espaços de que a Câmara dispõe hoje”, disse Leite, que chamou ainda a
medida de “democrática”. “Obviamente haverá reforços, mas espero
que não se repita o ocorrido [de hoje]”, afirmou.
encerrar as atividades, Leite anunciou o que classificou como um “esquema
de segurança” para a realização de uma audiência pública que debaterá o
projeto de lei amanhã (15), às 15h. Segundo ele, ainda hoje serão distribuídas senhas
para o acompanhamento da audiência, sendo metade delas para os sindicatos e
outra metade para a população em geral. “É o critério possível para os
espaços de que a Câmara dispõe hoje”, disse Leite, que chamou ainda a
medida de “democrática”. “Obviamente haverá reforços, mas espero
que não se repita o ocorrido [de hoje]”, afirmou.
Em reunião
do colégio de líderes realizada nesta terça (13), Leite sinalizou que a votação
deve acontecer apenas na semana que vem.
do colégio de líderes realizada nesta terça (13), Leite sinalizou que a votação
deve acontecer apenas na semana que vem.
O prefeito
de São Paulo, João Doria, disse que o Executivo nesta quarta. Ele admitiu ainda que houve
excessos dos dois lados, de manifestantes e de guardas
civis metropolitanos. O que quer a Prefeitura de SP: Aumentar contribuição
do funcionário público de 11% para 14%, além de estabelecer uma alíquota
suplementar temporária; O que querem os professores municipais: Que o projeto
seja retirado de discussão na Câmara
de São Paulo, João Doria, disse que o Executivo nesta quarta. Ele admitiu ainda que houve
excessos dos dois lados, de manifestantes e de guardas
civis metropolitanos. O que quer a Prefeitura de SP: Aumentar contribuição
do funcionário público de 11% para 14%, além de estabelecer uma alíquota
suplementar temporária; O que querem os professores municipais: Que o projeto
seja retirado de discussão na Câmara
O texto
aprovado pela CCJ retirou a alíquota suplementar temporária de 0 a 5% sobre a
alíquota de 11% a 14%, o que equivaleria a um acréscimo em que, a depender da
faixa salarial do servidor, poderia fazer com que a contribuição chegasse a até
18,2% do rendimento.
aprovado pela CCJ retirou a alíquota suplementar temporária de 0 a 5% sobre a
alíquota de 11% a 14%, o que equivaleria a um acréscimo em que, a depender da
faixa salarial do servidor, poderia fazer com que a contribuição chegasse a até
18,2% do rendimento.
Segundo a
Secretaria Municipal de Educação, 82% das 1.550 escolas de administração direta
da Prefeitura foram afetadas pela paralisação nesta quarta.
Secretaria Municipal de Educação, 82% das 1.550 escolas de administração direta
da Prefeitura foram afetadas pela paralisação nesta quarta.
Ainda de
acordo com a secretaria, outras 1.500 unidades de gestão indireta, em sua maioria
creches conveniadas, funcionaram normalmente.
acordo com a secretaria, outras 1.500 unidades de gestão indireta, em sua maioria
creches conveniadas, funcionaram normalmente.
Em nota, a pasta disse lamentar os transtornos
causados pela paralisação de servidores e afirmou que todas as aulas perdidas
serão repostas.