
às 16h45 desta terça feira, no Cemitério Nossa Senhora das Graças, no
Tanque do Anil, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O pai da
criança, Nilton Siqueira de Macedo, se encontra no Instituto Médico-legal (IML) para fazer a liberação. O velório deve começar no
início da tarde.
Uma funerária da cidade resolveu oferecer o
enterro gratuitamente para a família. A doação de órgãos que chegou a
ser cogitada quando a morte cerebral foi confirmada no final da tarde de
segunda-feira acabou sendo descartada pela família. A intenção, segundo
o pai, foi poupar mais sofrimentos a todos:
— Fizemos uma
votação, eu a mãe e o irmão dele, e decidimos por não retirar os órgãos
para doação. Sei que tem muita gente precisando, mas para a família
cortar o corpo dele para retirar os órgãos seria uma dor a mais.
Sobre
a perda do filho, Nilton disse estar confiante de que Deus vai ajudar
os parentes a superar este momento. Sobre o crime que acabou com a vida
do menino, ele desabafou:
— Espero que a polícia prenda o
assassino. Não foi bala perdida. Ele atirou com a intenção de matar. Meu
carro está com cinco perfurações.
Nilton contou que fazia o mesmo
trajeto pelo menos quatro vezes por dia. Além da Avenida Gomes Freire
ser perto da sua casa, é o trajeto que faz para levar e buscar a esposa
do trabalho, em Gramado. Ele achava também que pelo horário, por volta
de meio dia, não aconteceria nada.
O pai disse que saiu com o
menino para dar uma volta, como sempre fazia, enquanto a esposa
preparava o almoço. A intenção era voltar logo para casa. No caminho, se
deparou com os bandidos assaltando outros carros e tentou desviar,
quando os marginais atiraram, atingindo o garoto na cabeça.
Nilton
falou que foi chamado na delegacia para fazer o reconhecimento do
provável assassino, por meio de fotos, mas não conseguiu reconhecer
nenhum deles.