O herdeiro e executivo da Samsung, Lee Jae-yong, foi condenado nesta
sexta-feira por um tribunal da Coreia do Sul a cinco anos de prisão por
seu envolvimento no caso de corrupção conhecido como “Rasputina”,
informou a agência local “Yonhap”.
A Justiça sul-coreana considerou provado que Lee pagou propina à
ex-presidente Park Geun-hye com a expectativa de obter favores do
governo em sua consolidação como líder do grupo, entre outros crimes.
O tribunal opinou que Lee esteve envolvido na doação por parte de sua
empresa de 7,2 bilhões de wons (5,4 milhões de euros) para o
financiamento do programa de equitação na Alemanha da filha de Choi
Soon-sil, que ficou conhecida como “Rasputina” e é considerada o cérebro
da trama de corrupção que desencadeou a destituição e detenção da
ex-presidente da Coreia do Sul.
O herdeiro do maior conglomerado empresarial do país asiático também
foi considerado culpado de malversação de 6,4 bilhões de wons (4,8
milhões euros), de ocultar ativos no exterior e de perjúrio por ter
oferecido várias versões em seus depoimentos à Justiça.
O Ministério Público sul-coreano solicitou 12 anos de prisão pelas acusações.
Após ouvir o veredicto, a defesa de Lee disse que não aceitava a
decisão e assegurou que recorrerão “o mais rápido possível”, segundo a
“Yonhap”.
A Justiça sul-coreana também decretou hoje quatro anos de prisão para
outros dois executivos do grupo Samsung por envolvimento no caso.
Lee, de 49 anos, está detido desde meados de fevereiro, quando a
promotoria apresentou acusações contra ele por esses crimes cometidos
dentro do caso “Rasputina”.
O processo judicial de Lee, que começou em 9 de março, causou grande
expectativa no país asiático, onde a ação está sendo chamada de “o
julgamento do século” devido às repercussões que o mesmo pode ter para a
imagem do maior conglomerado sul-coreano e sua possível influência na
sentença futura sobre a ex-presidente Park.
Agência EFE