Acusado de ser o mentor do estupro coletivo de quatro adolescentes em Castelo do Piauí (região norte do estado), Adão José Sousa da Silva, 43, foi condenado a 100 anos e oito meses de prisão em regime fechado. O julgamento teve início nessa terça-feira (27/2) e foi encerrado na madrugada de quarta (28). As informações são do portal UOL.
Três vítimas foram ouvidas. A quarta jovem que havia sido estuprada, Danielly Rodrigues Feitosa, 17 anos, morreu 10 dias após o crime.
A condenação foi lida pelo juiz Leonardo Brasileiro por volta das 4h desta quarta, após os jurados se reunirem por cerca de duas horas. Formado por cinco mulheres e dois homens, o júri entendeu que Adão de Sousa participou do estupro e comandou os quatro adolescentes que o acompanharam no crime.
A demora ocorreu pela quantidade de crimes imputados ao réu: porte ilegal de arma, estupro qualificado, homicídio qualificado, tentativa de homicídio, corrupção de menores e associação criminosa. Silva nega a participação no crime e diz que não estava na cidade na ocasião.
Crime
O crime ocorreu no dia 27 de maio de 2015, quando quatro amigas foram tirar fotos no Morro do Garroto, um dos pontos turísticos do município, e acabaram agredidas, estupradas e arremessadas do alto de um penhasco por Silva e quatro adolescentes.
Os menores infratores foram condenados a cumprir medida socioeducativa por envolvimento nos crimes. Um deles foi assassinado pelos comparsas dentro de um alojamento no Centro Educacional Masculino (CEM), em Teresina (PI).