O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (27) que o governo
pretende assinar um acordo com a indústria para reduzir a quantidade de
açúcar em alimentos processados, como ocorreu com o sódio. Desde 2011, a
indústria retirou mais de 17,2 mil toneladas de sal dos alimentos,
segundo balanço divulgado em junho.
“Assim como a diminuição do
sódio, esse semestre ainda assinaremos o acordo de redução de açúcar, e a
educação será feita a partir da portaria interministerial Saúde na
escola e isso vai nos permitir melhorar o controle da obesidade através
do ensino de melhores hábitos de consumo e também da conscientização
para o exercício físico”, disse Barros em um painel sobre consumo de
açúcar durante o Ethanol Summit 2017, em São Paulo. O evento discute
energias renováveis, particularmente o etanol e produtos derivados da
cana-de-açúcar.
Segundo Barros, o ministério também trabalha para
melhorar a rotulagem dos alimentos industrializados em relação às
quantidades de açúcar e sal dos produtos. “Melhorar a rotulagem, com
dosador de sal e açúcar, pois é preciso que as pessoas entendam com
clareza o quanto adicionam [sal e açúcar] na comida.” Outra ação da
pasta, em parceira com a Associação das Indústrias da Alimentação
(Abia), será a proibição do refil de refrigerante em lanchonetes de fast
food.
Educação alimentar
O presidente da
Abia, Edmundo Klotz, destacou que a entidade tem realizado oficinas
técnicas para discutir o consumo excessivo de açúcar. No entanto, ele
acredita que apenas a redução do ingrediente nos produtos
industrializados não será suficiente para mudar hábitos dos brasileiros.
“Temos que aprender a diminuir [o açúcar], isso só podemos fazer
educando, dando informação ao público consumidor”, disse.
O
nutrólogo e cardiologista do Instituto Dante Pazzaneze, Daniel Magnoni,
também defendeu a educação para a mudança de hábitos alimentares. “A
educação nutricional de crianças e as mudanças dos rótulos dos produtos
alimentares podem impactar a longo prazo na alimentação.” Segundo o
médico, a classificação dos alimentos em bons e maus não é a mais
adequada. “Acredito que nada deva ser proibido, o alimento do mal é
aquele consumido em excesso”, ressaltou.
O deputado federal
Evandro Roman (PSD-PR) também destacou o papel da educação alimentar
para que a população brasileira fique mais saudável. Ex-secretário de
Esportes do Paraná, Roman defende projetos nas áreas de esporte e saúde.
“Estamos caminhando para uma população doente, por isso temos agora que
agir nas escolas. Temos que seguir a alimentação equilibrada, atividade
física e qualidade do sono”, listou.
Outro participante do
painel, o preparador físico Márcio Atalla ressaltou a necessidade de
incluir atividades físicas na rotina dos brasileiros. “É preciso olhar o
sedentarismo como problema de saúde pública, uma pessoa sedentária é
alguém potencialmente doente, não podemos nos conformar com o
sedentarismo.”
Para Atalla, além da alimentação, é preciso
considerar o estilo de vida do brasileiro. “Uma das coisas que me
chateia é o foco excessivo em achar um vilão na alimentação, a bola da
vez é o alimento industrializado, mas chegou a hora de olhar o estilo de
vida, por isso a informação precisa chegar de maneira mais prática à
população.”
De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico
(Vigitel), divulgada em abril, o excesso de peso no Brasil cresceu 26,3%
nos últimos dez anos, passando de 42,6% da população em 2006 para 53,8%
em 2016. Segundo o estudo, o problema é mais comum entre os homens:
passou de 47,5% para 57,7% no período. Já entre as mulheres, o índice
passou de 38,5% para 50,5%.
pretende assinar um acordo com a indústria para reduzir a quantidade de
açúcar em alimentos processados, como ocorreu com o sódio. Desde 2011, a
indústria retirou mais de 17,2 mil toneladas de sal dos alimentos,
segundo balanço divulgado em junho.
“Assim como a diminuição do
sódio, esse semestre ainda assinaremos o acordo de redução de açúcar, e a
educação será feita a partir da portaria interministerial Saúde na
escola e isso vai nos permitir melhorar o controle da obesidade através
do ensino de melhores hábitos de consumo e também da conscientização
para o exercício físico”, disse Barros em um painel sobre consumo de
açúcar durante o Ethanol Summit 2017, em São Paulo. O evento discute
energias renováveis, particularmente o etanol e produtos derivados da
cana-de-açúcar.
Segundo Barros, o ministério também trabalha para
melhorar a rotulagem dos alimentos industrializados em relação às
quantidades de açúcar e sal dos produtos. “Melhorar a rotulagem, com
dosador de sal e açúcar, pois é preciso que as pessoas entendam com
clareza o quanto adicionam [sal e açúcar] na comida.” Outra ação da
pasta, em parceira com a Associação das Indústrias da Alimentação
(Abia), será a proibição do refil de refrigerante em lanchonetes de fast
food.
Educação alimentar
O presidente da
Abia, Edmundo Klotz, destacou que a entidade tem realizado oficinas
técnicas para discutir o consumo excessivo de açúcar. No entanto, ele
acredita que apenas a redução do ingrediente nos produtos
industrializados não será suficiente para mudar hábitos dos brasileiros.
“Temos que aprender a diminuir [o açúcar], isso só podemos fazer
educando, dando informação ao público consumidor”, disse.
O
nutrólogo e cardiologista do Instituto Dante Pazzaneze, Daniel Magnoni,
também defendeu a educação para a mudança de hábitos alimentares. “A
educação nutricional de crianças e as mudanças dos rótulos dos produtos
alimentares podem impactar a longo prazo na alimentação.” Segundo o
médico, a classificação dos alimentos em bons e maus não é a mais
adequada. “Acredito que nada deva ser proibido, o alimento do mal é
aquele consumido em excesso”, ressaltou.
O deputado federal
Evandro Roman (PSD-PR) também destacou o papel da educação alimentar
para que a população brasileira fique mais saudável. Ex-secretário de
Esportes do Paraná, Roman defende projetos nas áreas de esporte e saúde.
“Estamos caminhando para uma população doente, por isso temos agora que
agir nas escolas. Temos que seguir a alimentação equilibrada, atividade
física e qualidade do sono”, listou.
Outro participante do
painel, o preparador físico Márcio Atalla ressaltou a necessidade de
incluir atividades físicas na rotina dos brasileiros. “É preciso olhar o
sedentarismo como problema de saúde pública, uma pessoa sedentária é
alguém potencialmente doente, não podemos nos conformar com o
sedentarismo.”
Para Atalla, além da alimentação, é preciso
considerar o estilo de vida do brasileiro. “Uma das coisas que me
chateia é o foco excessivo em achar um vilão na alimentação, a bola da
vez é o alimento industrializado, mas chegou a hora de olhar o estilo de
vida, por isso a informação precisa chegar de maneira mais prática à
população.”
De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico
(Vigitel), divulgada em abril, o excesso de peso no Brasil cresceu 26,3%
nos últimos dez anos, passando de 42,6% da população em 2006 para 53,8%
em 2016. Segundo o estudo, o problema é mais comum entre os homens:
passou de 47,5% para 57,7% no período. Já entre as mulheres, o índice
passou de 38,5% para 50,5%.