Cerca de mil muçulmanos protestaram em Cairo nesta
sexta-feira e pediram pela implementação da lei islâmica Sharia.
Reunidos na praça Tahrir, tradicional palco de manifestações no Egito,
salafistas gritavam palavras de ordem quase dois anos após a queda do
presidente Hosni Mubarak.
Saiba mais:
Egito comemora um ano da revolta contra Mubarak
O comparecimento na manifestação de sexta-feira foi menor
do que o esperado depois de alguns dos principais grupos que defendem a
escola ultraconservadora salafista recuarem. Alguns grupos disseram que
iriam protestar na próxima sexta-feira.
A Irmandade Muçulmana, que levou o presidente Mohamed Mursi ao poder
no início deste ano e que tem uma abordagem menos conservadora, também
não estava envolvida no protesto.
Rascunhos da Constituição elaborada pela Assembléia até o
momento indicam que haverá mais referências islâmicas do que a
constituição anterior, preocupando os egípcios liberais e cristãos, que
compõem cerca de um décimo da nação de 83 milhões de pessoas. Eles temem
a imposição de restrições sociais.
As discordâncias giram em torno de temas diversos, tais
como o estatuto da mulher, as convenções internacionais sobre os
direitos Humanos e o papel da instituição teológica sunita Al Azhar.
Com Reuters e AFP