A Odebrecht Transport, divisão de investimentos em mobilidade do
grupo Odebrecht, anunciou nesta quinta-feira (13) que fechou a venda de
sua participação na concessionária que administra o aeroporto do Galeão,
no Rio de Janeiro, para o grupo chinês HNA Infrastructure.
A HNA
também é o maior acionista da Azul Linhas Aéreas. Além da Azul, o grupo
também é dono da Swiss Airport, da Dufry e da companhia aérea chinesa
HNA, apenas no segmento de aviação.
Galeão foi privatizado em novembro de 2013; Odebrecht liderava consórcio vencedor do leilão (Foto: Alexandre Macieira/Riotur)
Em
comunicado, a Odebrecht Transport ressaltou que a venda “integra o
plano estratégico de reestruturação da empresa que segue reavaliando a
sua permanência parcial ou não nos ativos”. “As decisões consideram a
combinação de inúmeros aspectos e cenários, externos e internos”,
explica a presidente da Odebrecht Transport, Juliana Baiardi.
Segundo
fontes próximas a negociação, a fatia da Odebrecht saiu por cerca de R$
60 milhões. O dinheiro reforçará o caixa da Odebrecht Transport.
Leilão em 2013
consórcio Rio Galeão, liderado pela Odebrecht, venceu o leilão em
novembro de 2013 e arrematou a concessão do aeroporto do Rio de Janeiro.
A Odebrecht detinha uma participação de 31% na concessionária, que
também tinha como sócia a operadora de aeroportos Changi, de Cingapura
(20%) e a Infraero (49%).
De acordo com a Odebrecht Transport, a
venda ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para se
concretizar.
Venda de ativos
O grupo Odebrecht
anunciou que pretende vender R$ 12 bilhões em ativos. As vendas serão
feitas para reduzir o endividamento do grupo e melhorar seu equilíbrio
financeiro.
Os negócios da Odebrecht foram afetados pela Operação
Lava Jato. A companhia depende de financiamento para tocar seus
projetos, mas o crédito ficou mais caro após ter seu nome envolvido em
denúncias de corrupção. Para sobreviver, a empresa entendeu que precisa
encolher.
Além da venda de ativos, a companhia aposta na adoção de medidas de compliance para “virar a página”.
Fonte: G1
Por: Marina Gazzoni