Um menino de 6 anos foi espancado, colocado em uma gaiola de cachorro e mantido debaixo d’água como punição, o que o levou à morte por afogamento em abril deste ano, revelaram autoridades da Flórida, nos Estados Unidos. Agora, sua mãe e seu padrasto foram indiciados por homicídio. O casal Winter Haven, guardião da criança de 6 anos e de outras crianças em sua casa, ligou para a emergência em 22 de abril, dizendo ter encontrado o menino inconsciente na banheira, de acordo com um comunicado de 6 de setembro do Gabinete do Xerife do Condado de Polk.
O padrasto disse aos policiais que a criança foi mandada ao banheiro como punição por “se sujar”, e então o homem esperou 20 minutos antes de verificar o menino, segundo o comunicado. Ele contou que encontrou a porta trancada e teve que arrombar o banheiro. Lá dentro, a criança estava na banheira, de bruços na água, disseram os policiais.
O menino morreu dois dias depois no hospital. A criança tinha feridas abertas e outras cicatrizes anteriores, e as condições dentro de casa mostravam sinais de abandono. Não havia eletricidade nem janelas no banheiro ou no quarto onde as crianças dormiam. O padrasto disse aos investigadores que havia desligado o disjuntor desses cômodos para que as crianças não tivessem luz elétrica. Dentro de um dos quartos foram encontradas roupas sujas de urina e fezes, e fezes espalhadas na parede do armário do quarto.
Também foram prescritos medicamentos ao menino de 6 anos que não lhe foram dados, o que fica evidente pela quantidade de comprimidos que sobraram. Na garagem da casa, os investigadores disseram ter encontrado uma gaiola de cachorro. “Os detetives entrevistaram as outras crianças da casa, e duas delas (de 7 e 10 anos) disseram que eram recompensadas com doces e comida se ajudassem a ‘espancar’ a vítima e colocá-la na gaiola do cão”.
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s crianças também revelaram que o padrastro levou a criança de 6 anos para “nadar” no banheiro como punição e manteria sua cabeça debaixo d’água. Em uma ocasião, ele teria segurado a cabeça da criança debaixo d’água até que ela ficasse inconsciente e então realizou a reanimação cardiopulmonar (RCP), outra criança disse aos investigadores. O homem ainda teria ameaçado sufocá-lo caso ele contasse a alguém sobre o abuso. Quando os investigadores revistaram os telefones dos cuidadores, encontraram mensagens de texto entre o casal descrevendo o abuso da criança de 6 anos, incluindo fotos e vídeos da criança na gaiola do cachorro.
“Não consegui tirá-lo de lá e, honestamente, não quero que ele saia”, sua mãe mandou uma mensagem para o marido. “Por que você não pode simplesmente fazer isso da maneira certa até poder transferi-lo para (um) orfanato”, respondeu o marido. “Eu o odeio”, escreveu ela em textos obtidos pela polícia. “Quero colocá-lo para adoção”, completou.
Em 31 de agosto, o casal foi indiciado sob a acusação de homicídio em primeiro grau, abuso infantil agravado por agressão e homicídio culposo agravado de uma criança. As outras crianças da casa foram removidas e colocadas aos cuidados do Departamento de Crianças e Famílias da Flórida, segundo o comunicado. “Sabíamos, desde o início desta investigação, que não havia explicação racional para a morte desta criança e que foi causada pela sua mãe e padrasto”, disse o xerife Grady Judd no comunicado. “Nossos corações estão partidos pelo pai deste menino”, completaram.