O jovem advogado foi aprovado aos 16 anos para o curso de Direito na Ufma. Hoje, aos 36 anos, é mestre em Direito Constitucional pelo renomado Instituto Brasileiro de Direito Público (IDP)
Engana-se quem pensa que o deputado Rubens Júnior não tem uma história com São Luís, sua terra natal. O deputado licenciado, que é pré-candidato a prefeito da capital, morou por muitos anos no bairro Madre Deus, palco da cultura no estado que está prestes a completar 307 anos.
Sempre que retorna ao bairro que já revelou poetas, compositores e artistas, Rubens Júnior mergulha no clima saudosista e relembra uma história de desafios. Sua trajetória na comunidade desfaz muitos jargões utilizados para estereotipar o pré-candidato do PCdoB.
“Ele é burguês”. “Ele não cheira a povo”. “Ele é playboy”. “Ele é herdeiro político do pai”… Esses são alguns dos muitos boatos usados pelos adversários para traçar o perfil do parlamentar.
A estratégia é a mesma: “repetir uma mentira 1.000 vezes até que ela venha virar uma verdade”, tudo em razão do incômodo causado pela jovialidade, a precoce consolidação de sua trajetória política e o fato de ser filho de um ex-parlamentar.
É impressionante como as expressões jocosas levam em consideração, além da aparência física e ascendência, apenas a trajetória política, e não de vida, traçada pelo patriarca e precursor da família que abraçou a carreira política: o pai, Rubens Pereira, que foi prefeito de Matões e deputado estadual.
Percebe-se, inclusive, uma total despreocupação com o futuro político da cidade. Não existe nenhum ou há muito pouco interesse em saber quem é Rubens, o jovem político socialista que se oferece como alternativa para a gestão de São Luís no quadriênio que se aproxima.
SIMPLESMENTE, RUBENS!
Casado com a enfermeira Tereza Pereira, pai de um casal de filhos, nascido em São Luís, em 1984, Rubens Júnior morou sua infância toda no bairro da Madre Deus, região respeitada pela verve cultural, portanto, não tem como não possuir em seu DNA social a cultura popular que é referência mundial de nossa cidade.
Diferente da maioria dos “herdeiros de mandatos políticos”, antes de ingressar na vida pública com a outorga que lhe foi dada pelo povo, diga-se de passagem, Rubens focou em sua educação, passando aos 16 anos no vestibular da UFMA para o curso de Direito e sendo, aos 18, aprovado em concurso público promovido pelo TJ-MA para o cargo de Analista Judiciário. Com 21, conclui sua formação superior sendo logo em seguida aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.
SOBRENOME POLITICO PESA?
Na realidade, percebe-se que falam tanta coisa de Rubens que chega a ser sádico. No intuito de prejudicá-lo na disputa, constroem um estereótipo perverso e sem fundamento, pelo simples fato de ser filho de político já que as críticas negativas não são direcionadas à habilidade gestora ou parlamentar. “Herdeiro político do pai” tem sido o único argumento usado pejorativamente.
Entretanto, se o sobrenome fosse fator preponderante, o deputado federal Eduardo Braide não estaria na liderança absoluta nas pesquisas de intenção de voto rumo à prefeitura de São Luís. Senão vejamos:
Braide é filho do economista piauiense Carlos Braide eleito deputado estadual no Maranhão pela primeira em 1986 e reeleito cinco vezes. Carlos chegou a ser presidente da Assembleia Legislativa e governador do Maranhão de forma interina. Além de seu pai, a vida pública foi atividade de sua tia, a ex-deputada Janice Braide, que assegurou vaga no parlamento estadual nas eleições de 1994/1998/2002. Também é sobrinho do ex-prefeito e “quase dono” de Santa Luzia, Antônio Braide, marido de Janice.
Eduardo foi criado no seio político, tendo Carlos Braide conquistado o mandato pioneiro quando ele tinha 10 anos. Formou-se aos 24 anos e aos 29, com chancela do deputado, ocupou seu primeiro cargo público: o comando da então sucateada CAEMA. Aos 34 anos, foi eleito pela primeira vez também seguindo os passos do pai e, hoje, aos 44 anos é deputado federal e líder na intenção de voto para a Prefeitura de São Luís. Então pergunta-se: será que o sobrenome político de fato é o fator pelo qual Rubens vem sendo atacado?
Em uma rápida comparação, assevera-se que a grande diferença entre os patriarcas de Eduardo e Rubens é apenas uma: enquanto Braide fez fortuna na política sem conhecimento livresco, Pereira precisou escavar barranco em busca de ouro no garimpo de Serra Pelada.
“Ser filhinho de papai” não pode ser usado para conspurcar o nome de Rubens já que na disputa em foco ele não é o único com sobrenome gravado na história da Assembleia Legislativa do Maranhão. Há sobrenomes fortes nessa disputa. Além do Pereira, há o Braide e o Evangelista, este último representado pelo filho do saudoso ex-vereador e ex-deputado João Evangelista. Desta feita, será logico usar tal argumento apenas em relação a Rubens?
“Falam e fazem tanta comparação que sinceramente não consigo entender a lógica que utilizam. Cada um de nós nessa disputa temos, sim, nossas histórias e referências familiares, porém, somos indivíduos com valores, visões, ideologias e sonhos próprios. Penso que nesse momento não é para trás, mas para a frente que se deve projetar o olhar. O melhor gestor não será aquele que tem ou não um sobrenome forte na política pretérita, mas o que tem compromisso e preocupação com o combate à pobreza predominantemente enraizada em nossa cidade, aquele que melhor projeto tiver para a saúde, educação, saneamento básico, emprego e renda. O debate não pode ser medíocre, desapoiado da perspectiva da boa gestão. Não se pode pensar na sucessão de uma capital com mais de um milhão de habitantes preso à pequenez. Enfim estou pronto para debater minha cidade e para contribuir com ideias e projetos que visem cuidar do meu povo” disse Rubens Junior.
EDUCAÇÃO COMO PRIORIDADE
Advinda do interior do Estado, a vida pública nunca foi prioridade para família Pereira. Rubens é fruto de uma típica família classe média do Brasil que conseguiu sua emancipação sociocultural por meio de estudo responsável e comprometido com o alcance de dias melhores. São vários dos seus familiares bem-sucedidos profissionalmente, conquistas vindas de aprovações em concursos públicos ou de atividades liberais exitosas.
Mestre em Direito Constitucional pelo Instituto Brasileiro de Direito Público (IDP), Rubens que já exerceu dois mandatos de Deputado Estadual e está no segundo mandato de Deputado Federal, acredita que sua formação na dimensão humana é fruto não só das escolas onde estudou e da família em que nasceu, mas sobretudo dos espaços sociais que frequentou.
Assim sendo, se orgulha em afirmar que cresceu tomando caldo de cana com pastel no bar do João na Rua do Sol e jogando futebol de praia pelo time do Totó do Mercado Central. Após as partidas, iam comemorar no bar Donatus no bairro do Bequimão. Conheceu sua esposa Teresa no Viva do Cohatrac e passaram a frequentar o círculo de oração da irmã Márcia, na Vila Palmeira.
“Toda minha vida foi em São Luís, cidade que nasci e cresci. Aqui aprendi a sorrir, chorar, sofrer, cair e levantar. Aos 16 anos, usava o ônibus do Campus para ir à UFMA. Portanto, conheço de perto a realidade do transporte público de São Luís bem como todas as demais dificuldades que convivem diariamente com cada cidadão comum, com cada criança e adolescente que sonham um dia mudar a vida de sua família, com cada idoso cansado e já sem perspectiva de dias melhores, enfim com cada uma das pessoas simples nascidas aqui ou que escolheu São Luís para viver. É isso que quero enfrentar”, finalizou Rubens.