Suprema corte do Egito rejeita ordem do presidente para restabelecer Parlamento
A ordem decretada pelo presidente Mohammed Morsi para que o Parlamento do Egito fosse restabelecido foi rejeitada pela Suprema Corte do país, que afirma que sua decisão de dissolver a assembleia é obrigatória.
Após a decisão de Morsi, o presidente do Parlamento egípcio
convocou uma reunião para a terça-feira. Saad al-Katatni convocou o
Parlamento para uma sessão às 14h (9h de Brasília) de terça-feira,
segundo a agência estatal egípcia, Mena.
O novo presidente, ex-membro da Irmandade Muçulmana, cujo Partido
Liberdade e Justiça (PLJ) tem a maioria parlamentar, afirma que a
assembleia deve funcionar até que novas eleições sejam realizadas.
Entretanto, a Suprema Corte do Egito, que se reuniu nesta
segunda-feira, afirma que todas as suas decisões são “finais e não estão
sujeitas a apelações”.
reunião de emergência após o anúncio da decisão presidencial, tomada no
domingo. Nesta segunda-feira, os militares disseram esperar que todos
respeitem a Constituição e as regras, em alerta a Morsi.
Hosni Mubarak
– que comandava o Egito há 30 anos – ter sido derrubado
por uma revolta popular. O controle do Exército, inicialmente, foi bem
recebido pelos manifestantes que depuseram Mubarak, mas a sua presença
no governo foi se tornando cada vez mais impopular e alvo de críticas,
uma vez que grande parte da população passou a acreditar que os líderes
militares queriam se agarrar ao poder.