“Um tiro no pé!” Assim pode ser definida a estratégia equivocada dos aliados de Nair Portela para atingir Natalino Salgado. Isso ficou claro nos últimos dias depois que o grupo da atual reitora resolveu utilizar um relatório da Controladoria Geral da União – CGU para atacar o ex-reitor Natalino Salgado, pré-candidato na consulta prévia a reitor da UFMA e o favorito na disputa.
A estratégia tinha um objetivo: tentar dar musculatura ao candidato da situação. No entanto, o ataque equivocado acabou por se revelar um petardo na gestão da atual reitora, que há todo custo tenta alavancar seu candidato. Ocorre que o relatório concluído no primeiro semestre de 2018, refere-se ao exercício de 2017 da Fundação Universidade Federal do Maranhão. Portanto, em plena gestão da reitora Nair Portela, que assumiu o comando da instituição de ensino superior em 2015.
O grupo escarafuncha o relatório em busca de munição para alvejar Salgado. O rastilho corre em direção contrária, atingindo em cheio a atual gestão, em múltiplas exemplificações de inoperância e ineficiência.
Os adversários de Natalino tentam imputar à sua gestão supostas irregularidades que, segundo o parecer do dirigente do controle externo, são inarredavelmente vinculados gestão da atual reitora. Um exemplo evidenciado pelo relatório é a exigência da realização de estudos preliminares para tomada de decisão quanto à construção, reforma ou ampliação e cessão de imóveis e espaços físicos da UFMA, que não foi providenciado por Nair Portela em quatro anos como gestora.
Daí a existência de eventuais ocupações irregulares de espaços físicos nos campis Universidade, coibida de maneira veemente na gestão de Salgado, como ocorreu em Chapadinha. Os contratos de outorga de espaços físicos a terceiros expiraram, impossibilitando processos licitatórios para formação das cessões.
No âmbito da universidade há 84 ocupações irregulares de espaços físicos, não havendo procedimentos consistentes para regularização da situação. Em síntese popular: o grupo busca ‘sarna pra se coçar’.