AMAR OU SER AMADO?
Por: Itamargarethe Corrêa Lima-
Jornalista-radialista-advogada, pós-graduada em direito tributário, penal e processo penal, pós graduanda em direito civil, processo civil e docência do ensino superior.
O Salvador respondeu: “Amarás o Senhor Deus de todo o teu coração, alma e pensamento”. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este: “Amarás o próximo como a ti mesmo”. [Mateus 22:37–39] Seremos capazes de fazer isso?
É exatamente com essa pergunta abstraída da passagem bíblica acima que iremos começar o nosso quarto encontro, cujo objetivo é dar continuidade a análise do desarranjo que assola a sociedade no amago ocasionando, entre outras coisas, os transtornos mentais que afetam milhões e milhões de pessoas, tanto de faixa etária como de classe social distinta.
Na verdade, ao enfrentarmos esse questionamento tomando como parâmetro o significado linguístico das palavras, digo, amar ou ser amado, faz-se necessário traduzir as duas mais nefastas pragas que atormentam o atual modelo societário que já falamos por aqui em outras oportunidades e voltaremos a falar mais adiante: o ORGULHO e o EGOSIMO.
Lembram o que trabalhamos no nosso último encontro? Moisés personificou a justiça e Jesus o amor, entretanto o governador do planeta – guia e modelo, adveio à carne para nos demonstrar a força desse sentimento, deixando claro que o amor não é aquele que aprisiona, mas, sim, liberta.
E o que isso significa? Estamos falando do amor divino, da compreensão universal. Oportuno recordar o que disse Jesus: chegará o tempo que haverá dor, choro excessivo e ranger de dentes(Matheus 13:42). Ele anunciou a premência de mutação e, na atualidade, o mundo experimenta uma metamorfose moral, que exige uma conduta similar geral.
E não podemos falar em desgoverno, porque se assim admitíssemos teríamos que concluir que Deus é falho, e sabemos que não é. Então qual a causa desse descontrole? É Deus? Não.
São as criaturas que optaram, através do seu livre arbítrio, perquiri o caminho da dor, mas não que o Senhor criou alguém para sofrer. Podemos evoluir sem precisar caminhar pelas fileiras da aflição, e para alcançar esse propósito basta fazer o bem, já que o estado racional permite diferenciar o certo do errado.
Quando falamos em ranger de dente e desequilíbrio, concluímos que é originado dentro de cada um. Daí pergunta-se? E qual é a causa?
A resposta encontra vazão nas maiores chagas da humanidade: o materialismo, orgulho e egoísmo. Daí advém à violência. O agressivo é aquele que ao longo da sua caminhada experimentou a força bruta, e retornou violento.
Os estupradores, os desregrados do sexo foram os libertinos de ontem, porque os espíritos continuam os mesmos, somente, mudam a roupa carnal e intelectual. E assim sempre foi.
Os humanos precisam melhorar para extirpadas as aflições. Você acredita que os fatos aconteçam de forma aleatória? Não. Jamais. Deus nunca jogou dado. Nenhum movimento é acidental, pois Ele conhece cada peça no tabuleiro de xadrez.
Quando Charles Darwin elaborou a teoria da evolução humana fez corretamente, somente se equivocou quando a competição foi o tema abordado. O mundo nunca foi uma disputa. Não fomos criados para conflitarmos uns com os outros. O proposito era fazer com que os reinos, sejam microscópicos, vírus ou bacteriano agisse em harmonia.
O individualismo é consequência do materialismo exacerbado, sabes por quê? Porque nós acreditamos que somente existe essa vida, acumulando posses. O tesouro mais precioso não será comprado pelo vil metal.
Quando ganhamos desenfreadamente, além de não dividir, muito provável que se acumule sem ética, passando por cima e ofendendo o direito dos outros. Eis que surge um egoísta por excelência, ainda mais quando o cosmo não reverberar o desejado, causando traumas e frustrações, portas abertas para os transtornos psicológicos.
Neste momento estaremos diante de um cidadão rico de bens materiais, porém infeliz, o qual experimenta uma lacuna inexplicável, que nada mais é que a ausência de amor.
Mas qual foi à lição do Governador do Planeta? Amem. Não nos foi dito que seríamos amados e, sim, que deveríamos amar o próximo igual a nós, por isso o universo vem experimentando dores horrendas. As criaturas estão se depurando e, dependendo do agir, o mal cessará.
O enfermo que luta anos contra uma doença e assim continua porque não mudou seu proceder, já que à doença que eclode no físico é fruto da energia corporificada. Quantos trilhões de átonos o corpo cria? Oito octilhões, o equivalente ao funcionamento de uma hidrelétrica de grande porte.
Esse número demonstra que temos uma produção energética intensa, entretanto mal utilizada. Nada do que Jesus fez na terra foi por acaso, principalmente os ensinamentos repassados sobre humildade, porque na modéstia admitimos imperfeições, o conhecimento relativo e a necessidade de melhoramento.
Aquele que acha ser absoluto e perfeito vai estagnar – razão pela qual a simplicidade foi tão exaltada. A lei é de progresso. Precisamos infinitamente nos melhorar para, assim, mudarmos o planeta.
Nas muitas leituras e ensinamentos adquiridos ao longo da pesquisa, deparei-me com algo interessante que dizia: se alguém te ferir com a fala agradeça a Deus, porque além de palavras poderia ferir pela força física, e mesmo que te agrida fisicamente também agradeça, porque a agressão que te fere poderia te matar, e caso mate, agradeça, pois ao invés de morrer poderia ter matado, e o ato do homicida necessita de muitas reencarnações para que seja reparado.
Dados evidenciam que somente aqueles que conseguiram se libertar do personalíssimo, praticando a caridade e o amor ao próximo alcançou a tão sonhada mudança interior. Por aqui finalizamos o encontro desta semana com a certeza que logo nos reencontraremos. Até breve!!