Entre os espaços
injustamente negados às mulheres pelo machismo, o rock alternativo é mais uma
cena que elas vêm ocupando com força, talento e articulação. compartilhando a presença feminina
tanto nos vocais quanto na originalidade das composições. Cada uma com seu
estilo, Polly Terror e Ramona & The Red Vipers são dois exemplos dessa
efervescência na capital.
injustamente negados às mulheres pelo machismo, o rock alternativo é mais uma
cena que elas vêm ocupando com força, talento e articulação. compartilhando a presença feminina
tanto nos vocais quanto na originalidade das composições. Cada uma com seu
estilo, Polly Terror e Ramona & The Red Vipers são dois exemplos dessa
efervescência na capital.
Poliana Marques, de 24
anos, já foi vocalista das bandas locais Brisa, Chama e Duna, interpretando
composições de outras pessoas. Quando se desligou da Duna, a vontade de
expressar coisas mais particulares deu origem à Polly Terror. Além de incluir
músicas de sua autoria no repertório, a sonoridade das melodias é mais pesada,
comparada aos projetos anteriores.
anos, já foi vocalista das bandas locais Brisa, Chama e Duna, interpretando
composições de outras pessoas. Quando se desligou da Duna, a vontade de
expressar coisas mais particulares deu origem à Polly Terror. Além de incluir
músicas de sua autoria no repertório, a sonoridade das melodias é mais pesada,
comparada aos projetos anteriores.
“Foi algo que surgiu
espontaneamente. Comecei a compor, mostrei para pessoas próximas, elas gostaram
e fomos gravar”, diz Poliana, que contou com Thiago Machado na produção do EP
Special fiend, recentemente lançado nas plataformas digitais pelos selos
Abraxas (RJ) e Geração Perdida (MG).
espontaneamente. Comecei a compor, mostrei para pessoas próximas, elas gostaram
e fomos gravar”, diz Poliana, que contou com Thiago Machado na produção do EP
Special fiend, recentemente lançado nas plataformas digitais pelos selos
Abraxas (RJ) e Geração Perdida (MG).
O EP tem cinco faixas.
“Todas as músicas são sobre experiências pessoais. Algumas um pouco pesadas,
outras mais psicodélicas”, diz Poliana, citando Chelsea Wolfe e Emma Ruth
Rundle como influências.
“Todas as músicas são sobre experiências pessoais. Algumas um pouco pesadas,
outras mais psicodélicas”, diz Poliana, citando Chelsea Wolfe e Emma Ruth
Rundle como influências.
BETIM Idealizadora do
projeto Chá das Mina, realizado em Betim com programação cultural, oficinas e
debates feitos por e para mulheres, Poliana destaca a presença feminina na cena
local. “O rock sempre foi um meio machista. Trabalhei com produção e via nos
bastidores as mulheres serem desvalorizadas e diminuídas. Elas sempre estiveram
presentes, mas é ótimo ver esse crescimento, pois o espaço também é nosso”, diz
a vocalista. Ela fez questão de convidar outra banda liderada por mulher para a
abertura do show de lançamento do EP, nesta sexta-feira (12), n’A Obra.
projeto Chá das Mina, realizado em Betim com programação cultural, oficinas e
debates feitos por e para mulheres, Poliana destaca a presença feminina na cena
local. “O rock sempre foi um meio machista. Trabalhei com produção e via nos
bastidores as mulheres serem desvalorizadas e diminuídas. Elas sempre estiveram
presentes, mas é ótimo ver esse crescimento, pois o espaço também é nosso”, diz
a vocalista. Ela fez questão de convidar outra banda liderada por mulher para a
abertura do show de lançamento do EP, nesta sexta-feira (12), n’A Obra.
Na ativa desde 2014,
Ramona & The Red Vipers tem Andrea Cópio nos vocais e guitarra. Com estilo
mais experimental, mesclando rock alternativo com punk, R&B e blues, a
banda vai lançar o primeiro álbum em maio. “Está todo gravado, faltam detalhes
de mixagem. O disco fala sobre nossa trajetória, as composições são minhas. É como
se fosse a troca de pele das cobras, processo de crescimento, amadurecimento e
evolução”, adianta a guitarrista.
Ramona & The Red Vipers tem Andrea Cópio nos vocais e guitarra. Com estilo
mais experimental, mesclando rock alternativo com punk, R&B e blues, a
banda vai lançar o primeiro álbum em maio. “Está todo gravado, faltam detalhes
de mixagem. O disco fala sobre nossa trajetória, as composições são minhas. É como
se fosse a troca de pele das cobras, processo de crescimento, amadurecimento e
evolução”, adianta a guitarrista.
Andrea Cópio lembra que o empoeiramento
das mulheres na música é “um movimento universal”, algo que as novas gerações
já compreendem bem. “Em BH, o avanço ocorre há algum tempo. São muitas mulheres
querendo ocupar espaço”, diz, destacando que eventos como o show de hoje à
noite são importantes para o público conhecer as artistas.
das mulheres na música é “um movimento universal”, algo que as novas gerações
já compreendem bem. “Em BH, o avanço ocorre há algum tempo. São muitas mulheres
querendo ocupar espaço”, diz, destacando que eventos como o show de hoje à
noite são importantes para o público conhecer as artistas.
A onda de novidades
femininas no rock de BH inclui a Pata, criada em 2016 pela guitarrista Lúcia
Vulcano. “Tocava baixo, participei de grupos que não duravam e resolvi fazer a
minha banda. Passei para a guitarra, compus algumas coisas e com material
pronto foi mais fácil convidar outras pessoas”, diz Lúcia, que se apresenta com
Beatriz Moura (bateria) e Luís Friche (baixo).
femininas no rock de BH inclui a Pata, criada em 2016 pela guitarrista Lúcia
Vulcano. “Tocava baixo, participei de grupos que não duravam e resolvi fazer a
minha banda. Passei para a guitarra, compus algumas coisas e com material
pronto foi mais fácil convidar outras pessoas”, diz Lúcia, que se apresenta com
Beatriz Moura (bateria) e Luís Friche (baixo).
Com a energia punk rock e
grunge distorcendo acordes e vocais, Pata lançou o EP Wild and cabeluda, em
2017, e acaba de divulgar Downer, primeiro single do álbum conceitual Shit and
blood, com lançamento marcado para junho pelo selo carioca Efusiva.
grunge distorcendo acordes e vocais, Pata lançou o EP Wild and cabeluda, em
2017, e acaba de divulgar Downer, primeiro single do álbum conceitual Shit and
blood, com lançamento marcado para junho pelo selo carioca Efusiva.
“A ideia do nome, ‘merda e
sangue’, é sobre quando a menina tem a primeira menstruação. É uma bagunça, uma
confusão, que diz muito sobre a feminilidade. Você é criança e, da noite pro
dia, se torna adulta e o patriarcado começa a cobrar de você vários
comportamentos. Uma das canções fala diretamente sobre isso, mas, de modo
geral, as outras falam sobre a construção subjetiva da mulher, tratando de
angústias, tristezas e depressão, mas de muito amor também”, explica Lúcia.
sangue’, é sobre quando a menina tem a primeira menstruação. É uma bagunça, uma
confusão, que diz muito sobre a feminilidade. Você é criança e, da noite pro
dia, se torna adulta e o patriarcado começa a cobrar de você vários
comportamentos. Uma das canções fala diretamente sobre isso, mas, de modo
geral, as outras falam sobre a construção subjetiva da mulher, tratando de
angústias, tristezas e depressão, mas de muito amor também”, explica Lúcia.
POLLY TERROR E RAMONA & THE RED VIPERS
Nesta sexta-feira (12), às
21h. A Obra, Rua Rio Grande do Norte, 1.168, Funcionários, (31) 3215-8077. R$
20 (até o início dos shows) e R$ 30.
21h. A Obra, Rua Rio Grande do Norte, 1.168, Funcionários, (31) 3215-8077. R$
20 (até o início dos shows) e R$ 30.