Nem o espantoso buraco em um dedo do pé esquerdo causado por
larvas de mosquito garantiu a Elias Antonio Duarte, 64 anos, atendimento rápido
e eficaz na rede pública de saúde. Diabético e com risco de ser submetido a uma
amputação, o idoso peregrinou por cinco unidades desde terça-feira (30/1) e só
conseguiu ser internado nesta quinta (1º/2).
larvas de mosquito garantiu a Elias Antonio Duarte, 64 anos, atendimento rápido
e eficaz na rede pública de saúde. Diabético e com risco de ser submetido a uma
amputação, o idoso peregrinou por cinco unidades desde terça-feira (30/1) e só
conseguiu ser internado nesta quinta (1º/2).
A amiga dele Rosalina Silva Garcia, 59, conta que, primeiro,
Elias foi até a Unidade de Saúde 12 de Samambaia, onde fizeram a limpeza do
orifício. Após ser aconselhado a não voltar para casa sem atendimento,
servidores o encaminharam para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), local
em que um cirurgião falou para Elias procurar por um clínico. “Só em
Taguatinga, ficamos das 10h às 16h. Ele é diabético e estava sem almoçar. Fui
atrás da chefe para falar da situação e nem nos atenderam”, disse Rosalina.
Elias foi até a Unidade de Saúde 12 de Samambaia, onde fizeram a limpeza do
orifício. Após ser aconselhado a não voltar para casa sem atendimento,
servidores o encaminharam para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), local
em que um cirurgião falou para Elias procurar por um clínico. “Só em
Taguatinga, ficamos das 10h às 16h. Ele é diabético e estava sem almoçar. Fui
atrás da chefe para falar da situação e nem nos atenderam”, disse Rosalina.
A próxima parada dele foi no Hospital Regional de Samambaia
(HRSam). Lá, a médica de plantão teria se recusado a atendê-lo, conta a
acompanhante do paciente. “Quando me chamaram para triagem, a servidora disse
não ter condição de prestar socorro a ele”, relata.
(HRSam). Lá, a médica de plantão teria se recusado a atendê-lo, conta a
acompanhante do paciente. “Quando me chamaram para triagem, a servidora disse
não ter condição de prestar socorro a ele”, relata.
À noite, os dois foram para a Unidade de Pronto Atendimento
(UPA) de Samambaia, onde uma enfermeira declarou não haver, na unidade,
condição para fazer o procedimento cirúrgico necessário. Cansados e sem
sucesso, ambos foram embora. O sofrimento de Elias, que tem problemas mentais,
é agoniante, diz a amiga. “Ele chora e geme de dor. Não consegue nem dormir”,
conta.
(UPA) de Samambaia, onde uma enfermeira declarou não haver, na unidade,
condição para fazer o procedimento cirúrgico necessário. Cansados e sem
sucesso, ambos foram embora. O sofrimento de Elias, que tem problemas mentais,
é agoniante, diz a amiga. “Ele chora e geme de dor. Não consegue nem dormir”,
conta.