O “Arraial da Holandeses”, montado numa área pertencente ao Espaço
1000, localizada na Avenida dos Holandeses, no bairro do Calhau, em São
Luís, ao que parece não deu certo ao seu organizador: o produtor Marcos
Alexandre. De acordo com as informações, o que era para ser um evento
repleto de alegria e grandes atrações terminou em calote, ameaças e
denúncias em delegacias da capital.
Os prejuízos foram altos não apenas aos proprietários de barracas e
dono do palco, mas principalmente ao proprietário do som que além de não
ter recebido o valor contratado, ainda teve vários equipamentos
roubados do local.
De acordo com denunciantes, o produtor que está desaparecido,
organizou o arraial num espaço da Casa de Evento Espaço 1000, da qual
presta serviço. Eles contam que Alexandre teria recebido de
proprietários de barracas, valores entre R$ 2,8 mil a R$ 3 mil reais,
depositado em conta pessoal, que seria o preço de uma das barracas.
A organização do evento teria divulgado nas redes sociais que o
arraial iria acontecer do dia 23 de junho ao dia 09 de julho. No
entanto, foram apenas 5 dias. Além da extensa data de programação
prometida, mas que não aconteceu, Alexandre também teria divulgado aos
barraqueiros que o local haveria grandes atrações como: Boi da Maioba,
Boi de Axixá, Boi Pirilampo, Cacuriá de Dona Tete, incluindo, diversas
danças portuguesas, quadrilhas e até shows com cantores internacionais.
Do prometido, foram apenas o Bruno Shinoda e um cantor de reggae.
Acontece que tudo fazia parte de um golpe para tomar dinheiro com
falsas promessas e propaganda enganosa. A desconfiança do golpe começou
logo no segundo dia do Arraial, com a desistência de três barraqueiros
que perceberam a farsa a tempo. Os que acreditaram acabaram sendo
vítimas e só tiveram a certeza do calote, quando observaram que nada do
que havia sido prometido se cumpriu. Ou seja, não teve divulgação e
muito menos as apresentações.
Segundo a proprietária de uma barraca, num único dia houve apenas uma
apresentação e por conta disso o público muito pequeno, não mais que 20
pessoas. Ela também conta que o espaço não tinha segurança e as
condições higiênicas dos banheiros eram precárias.
“Após várias reclamações dos proprietários de barracas, em relação às
apresentações, falta de segurança e condições higiênicas dos banheiros,
o organizador paralisou o arraial por 8 dias, com promessas que
retomaria com o local com mudanças que iriam melhorar, mas foi apenas
palavras ao vento”, declarou.
Os proprietários das barracas que tiveram grandes prejuízos querem
agora a restituição dos valores pagos. Além deles, os prestadores de
serviços também exigem receberem por seus serviços, uma vez que eles não
têm culpa pela incompetência da má organização. Para isso, já entraram
na justiça para buscar a reparação em relação aos prejuízos.
Veja uma das ocorrências feita por uma das vítimas do calote.