Flamengo despacha Dorival e vai com Jorginho
Jorginho é o novo técnico do Flamengo. Em uma negociação rápida e que
reforça as novas diretrizes do clube, o vice de futebol Wallim
Vasconcellos e o diretor de futebol Paulo Palaipe acertaram a
contratação do tetracampeão até o fim de 2014. Havia um acerto verbal
entre as partes, mas uma reunião neste domingo, no Rio, concretizou o
acordo. Jorginho começa a trabalhar já nesta segunda-feira (a
apresentação oficial será às 11h) e estará na área técnica na partida
contra o Boavista, sábado que vem, no Engenhão.
O ex-lateral-direito, de 48 anos, foi escolhido por conta do perfil
jovem e de identificação com o clube, e também por se encaixar nas novas
diretrizes financeiras. Ele receberá um salário na casa de R$ 300 mil,
inferior ao de Dorival Júnior, que não chegou a um acordo de redução
salarial e acabou desligado na tarde deste sábado.
– Jorginho é um profissional com larga experiência internacional,
passagem pela seleção brasileira, íntegro, respeitado, com história no
clube como jogador. Certamente é um ótimo nome para o futebol do
Flamengo – disse o vice de futebol, Wallim Vasconcellos, ao site oficial
do Rubro-Negro.orginho chega com o auxiliar Aílton Ferraz, que também tem passagem
pelo Flamengo. A diretoria vai contratar um preparador físico que vai
integrar a comissão técnica permanente do clube. Via Twitter, o
treinador se manifestou no fim da noite.
– Amigos, acertei um contrato de dois anos com o Flamengo! Muito feliz
por retornar à nação rubro-negra e preparado para esse novo desafio!!! –
disse Jorginho.
Ex-lateral-direito do Flamengo (campeão carioca em 1986 e brasileiro
em 87) e da Seleção (titular e ganhador da Copa de 1994), Jorginho
iniciou sua carreira de treinador no mesmo clube no qual se tornou
jogador profissional: o América. Em 2005 e 2006, teve boa passagem pela
equipe e ficou marcado por uma polêmica ao querer mudar o mascote do
clube. Evangélico, ele tentou substituir o diabo por uma águia. Jorginho
deixou a equipe para ser auxiliar técnico de Dunga na Seleção que
acabou eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, na
África do Sul.
Pouco depois do Mundial, foi anunciado pelo Goiás, mas acabou demitido
dois meses depois, com o time praticamente rebaixado para a Série B do
Brasileiro. Em março de 2011, acertou com o Figueirense e a equipe teve
boa campanha no campeonato nacional, ficando perto de conseguir a vaga
na Libertadores. Depois, ele acertou com o japonês Kashima Antlers
(clube que já tinha defendido como jogador) e ficou ao longo de toda a
temporada 2012. Lá, foi apenas o 11º colocado no Campeonato Japonês, mas
levou o título da Copa da Liga Japonesa
Vasco leva uma volta do time de aço
Ressaca pela perda do título da Taça Guanabara para o Botafogo foi
ampliada neste domingo, em São Januário, onde o Vasco perdeu para o
Volta Redonda por 1 a 0, na estreia das equipes na Taça Rio. O resultado
aumenta ainda mais o clima de desconfiança em cima do time
cruz-maltino, que teve novidades na equipe titular (entradas de Romário,
Dakson e Sandro Silva), mas não conseguiu ter um bom desempenho e ouviu
muitas vaias, além de gritos irônicos de “olé”. O gol do jogo foi
marcado pelo zagueiro André Alves, ainda no primeiro tempo.
– Até esperava outro tipo de pressão, não foi nem forte. Apoiaram
bastante, esperaram (para começar a vaiar). O time tem que ter mais
personalidade nessas horas, alguns se abatem e acabam se escondendo. Não
sei, faz parte, é levantar a cabeça, encarar o próximo jogo e vamos ver
se rendemos melhor – disse o zagueiro Renato Silva.
Depois de uma campanha ruim na Taça Guanabara – seis pontos em oito
jogos -, o Voltaço inicia bem o segundo turno. A equipe agora está com
um novo treinador, Cairo Lima, que substituiu Alfredo Sampaio. Os
jogadores passaram por um período de treinamentos em Águas de Lindoia,
no interior paulista, antes de reiniciar a competição. O Voltaço agora
aparece em terceiro lugar no Grupo A, com os mesmos três pontos de
Botafogo e Friburguense, porém com pior saldo de gols. O Vasco é quinto,
ainda sem pontuar.
Na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), o Vasco enfrenta o Nova
Iguaçu, no estádio da Cidadania, em Volta Redonda. O Voltaço, por sua
vez, volta a campo no domingo, às 16h, recebe o Friburguense.
Bota Fogo torra o Quissamã e segue lider
Foram 21 jogos até que Rafael Marques pudesse, enfim, comemorar seu
primeiro gol, que saiu nos 4 a 0 do Botafogo sobre o Quissamã, sábado,
no Engenhão. Quando o atacante mandou a bola para rede, o que se viu foi
uma euforia total. Na comemoração, todos os jogadores, inclusive os que
estavam no banco, no lado oposto, saíram em disparada para celebrar o
feito.
Após o jogo, Rafael Marques foi o mais assediado. Depois de sofrer com
críticas pesadas e quase deixar o clube no fim da temporada, ele pôde
tirar este peso das costas.
– Não pensei em nada na hora, só comemorar. Fiquei um tempo sem fazer
gol. Foi uma vibração espontânea. Sem dúvida que tira um peso. O
importante é poder ajudar, era o que eu estava fazendo antes de o gol
sair – disse o jogador, que, além do gol, deu assistências para Lodeiro e
Fellype Gabriel marcarem.
No vestiário, Rafael Marques pediu a palavra e agradeceu aos
companheiros pelo apoio que recebeu nos momentos difíceis. O técnico
Oswaldo de Oliveira espera que o atacante consiga daqui para frente
manter uma boa média de gols.
É inegável, todo mundo ficou muito feliz. Mais uma vez tenho que exaltar
a participação do Seedorf. O Rafael fez um agradecimento no vestiário e
o Seedorf disse que nós é que agradecemos a ele, que é muito
importante. Estamos satisfeitos. Não foi só o gol, ele fez uma grande
partida. Espero que se desenvolva. Cansei de ver ele fazer gols no
Japão.
Seedorf engrossou o coro para elogiar e destacar a ajuda de Rafael Marques, mesmo quando não é ele o autor dos gols.
– Ele fez duas assistências antes de fazer o gol dele, é um jogador importante. Sempre falamos da qualidade dele.
Capitão do time, o goleiro Jefferson transmitiu o sentimento do elenco sobre Rafael Marques.
– É um jogador que merece. É trabalhador, nos ajudou na semifinal e na final
Antes de viver este momento de alegria, o atacante sofreu com a
perseguição da torcida. No início, ele era visto como um substituto do
ídolo Loco Abreu e chegou a ser vaiado antes mesmo de entrar em campo.
Depois do jogo contra o Quissamã, no entanto, a ligação para casa foi
bem mais alegre.
– Eu aceitava a cobrança, não estava fazendo gol. Sabia que isso ia
mudar com o meu trabalho. Minha filha Natalia viu o gol, mas minha
esposa não, porque estava preparando a mamadeira. Minha filha começou a
gritar “gol papai”, aí que ela viu. Espero comemorar muito com elas.
Oswaldo de Oliveira, que recomendou a contratação de Rafael Marques,
sempre foi o principal defensor do atacante. O técnico, entretanto,
reconheceu que o jogador viveu um mau momento e que não teve mais como
insistir em sua escalação.
– Tenho que tornar este fato o mais natural possível. O tempo todo
tentei mostrar isso. O mérito é dele e dos companheiros. Insisti com ele
porque os outros também não estavam bem. Tudo tem limite. Ano passado
ele não estava conseguindo administrar a situação. Não podia insistir e
prejudicar o time, até porque o Bruno Mendes entrou e fez os gols.
Rafael Marques espera que este seja o primeiro de muitos gols, já que tem consciência de que as cobranças podem reaparecer.
– Espero que seja diferente. Vou trabalhar com pé no chão, com humildade, quietinho.
Sei que as cobranças podem voltar se os gols não saírem. Hoje já me
sinto mais adaptado. Ano passado tive dificuldades, sofri um pouco, mas
tive a cabeça tranquila. Foi importante fazer a pré-temporada com a
equipe, que passa a saber mais o modo como eu gosto de jogar.
Rafael Marques e o elenco do Botafogo terão este domingo e a
segunda-feira de folga para curtir a goleada sobre o Quissamã. Na
terça-feira a equipe inicia a preparação para o jogo contra o Madureira,
domingo, às 16h (de Brasília), em Moça Bonita.
Novo Pai de Santo
Flu despacha Urucubaca e vence Audax
O Fluminense sofreu, mas venceu a chuva e o Audax no Engenhão, por 1 a
0, na primeira rodada da Taça Rio, diante de 2.800 pagantes. Depois de
um primeiro tempo no qual as melhores chances surgiram em contra-ataques
do rival, com o temporal atrapalhando o toque de bola tricolor, o time
de Abel Braga usou a mesma tática do adversário no início da segunda
etapa para garantir a vitória com gol de Wellington Nem, após jogada em
velocidade de Edinho e Bruno. Com o resultado, o time das Laranjeiras
encerrou pelo menos um jejum: estava há seis jogos (quatro empates e
duas derrotas) sem vitória no Engenhão. Outro número incômodo, porém,
continua a aumentar: Rhayner completou 80 jogos sem marcar gols.
tricolores comemoram |
Na próxima rodada, no sábado, o Audax encara o Bangu em Moça Bonita. No
mesmo dia, o Fluminense volta a campo, em Volta Redonda, contra o Duque
de Caxias. O Tricolor soma três pontos na Taça Rio, o mesmo de Resende e
Macaé, mas ocupa a terceira colocação do Grupo B em função de
desvantagem nos gols pró. O Audax, por sua vez, é lanterna.
– Fizeram um grande jogo contra a gente, mas fomos felizes e saímos com
a vitória. Eles (times considerados pequenos) tiveram um bom tempo para
trabalhar e vão vir firmes, mas nós também vamos para cima deles –
analisou Wellington Nem ao deixar o gramado.
Os tricolores atuaram sem duas das suas principais peças: Deco,
recuperado de dores no joelho, foi poupado, enquanto Thiago Neves ainda
trata um estiramento na panturrilha direita. Além deles, Anderson,
também com problema muscular, e Wellington Silva, com fratura no pé
esquerdo, ficaram fora. No Audax, o meia Nélio, se recuperando de
estiramento, deu lugar a Camacho, meia emprestado pelo Flamengo que fez a
sua estreia pelo clube. O atacante Ivan Júnior, com lesão no joelho
direito, também não entrou em campo.