Indicado a ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, indicou, nesta terça-feira (4/12), mais dois nomes da sua futura equipe. O secretário-executivo da pasta será Luiz Pontel, delegado responsável pela primeira prisão do doleiro Youssef. E para a Secretaria Nacional de Segurança Pública, o escolhido é o general da reserva Guilherme Teóphilo.
Sobre Pontel, Moro lembrou da longa amizade com o delegado da PF. “Pessoa que conheço há bastante tempo. Ele participou da investigação sobre o caso Banestado. Inclusive foi um dos primeiros responsáveis pela primeira prisão do Alberto Youssef”, lembrou. “E naquela época já foi possível constatar a absoluta integridade do delegado Pontel. Sofreu pressões de várias espécies, inclusive tentaram retirá-lo do posto, e atualmente ele é o secretário nacional de Justiça, do Ministério da Justiça. Então já conhece também a estrutura burocrática. Vai se unir ao nosso grupo a partir de janeiro do próximo ano”, completou Moro.
General Teophilo foi candidato ao governo do Ceará com o apoio de Tasso Jereissati (PSDB), hoje um dos cotados para a Presidência do Senado. O cacique tucano era visto como o nome mais forte para concorrer ao Executivo cearense contra Camilo Santana (PT), afilhado político de Ciro Gomes (PDT) e candidato à reeleição. Mas Tasso desistiu e lançou Teophilo. Antes de passar para a reserva, o militar fez parte do comando que planejou a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro.
“Mais do que um homem de ação, queria um homem de gestão. Fiquei bastante impressionado positivamente com o trabalho que vem sendo feito no Rio de Janeiro pelo general Braga Neto, de estruturação da Segurança Pública daquele estado, e um trabalho similar, respeitando a autonomia dos estados e do Distrito Federal, é o objetivo na Senasp. A tarefa do novo secretário será a de ajudar, resguardar, as autonomias e tentar padronizar procedimentos, padrões de serviços envolvendo a segurança pública dos estados”, afirmou Moro.
EquipeOs nomes confirmados por Moro para o futuro governo são os de
Maurício Valeixo, indicado como futuro diretor-geral da Polícia Federal, e Érika Marena, escolhida para chefiar o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).
Outros membros que fazem parte da equipe de transição são o do delegado aposentado Rosalvo Franco, ex-superintendente da PF no Paraná, e o de Fabiano Bordignon, delegado-chefe da PF em Foz do Iguaçu. Ele é cotado para assumir o Departamento Penitenciário Nacional.
O auditor fiscal Roberto Leonel de Oliveira Lima, chefe da área de investigação da Receita Federal em Curitiba, também integra o grupo de transição a convite de Moro. (colaborou Renan Melo Xavier)