O soldado Cezar Augusto, do 6 ° BPM, informou que uma mulher
foi encontrada morta degolada, provavelmente por uma faca, no CSU
(Centro de Serviços Urbanos) do Parque Piauí. Ele declarou que a PM foi
chamada por um vigilante que encontrou a mulher agonizando.
A mulher foi identificada com Vanessa Micaela de Sousa, de 21 anos,
que mora no Parque Piauí e dorme a cerca de sete anos no CSU. Segundo os
comerciantes do mercado do Parque Piauí, ela cometia pequenos furtos,
ficava debaixo de uma mangueira na praça e dormia no CSU, e usava o
dinheiro dos furtos para consumir drogas. A família de Vanessa é de
Caxias, no Maranhão.
O tenente George Portela, do 6° BPM, informou que Vanessa Micaela foi
encontrada por volta das 7h30 pelo vigilante, que a encontrou
agonizando. Ele disse que o SAMU foi chamado, mas não tinha equipe na
hora e demorou. “O SAMU demorou a chegar por que eles atendem a muitas
ocorrências”, disse o tenente. Quando o socorro chegou, ela já estava
morta. George Portela disse que o corpo foi encontrado com golpes de
faca no lado direito da nuca e na garganta.
O tenente George Portela disse que o vigilante percebeu que ela
estava ontem na rua, conversando com outras pessoas, e ele acredita que
quem a matou estava entre essas pessoas.
O vigilante Antônio Rodrigues, do CSU, afirmou que, quando chegou
para fazer seu trabalho de rotina, encontrou o corpo de Vanessa Micaela
com um corte no pescoço, agonizante, saindo muito sangue. Ele disse que o
SAMU demorou cerca de 40 minutos para chegar ao local.
“Ela ficava aqui com frequência”, declarou Antônio Rodrigues.
O chefe de investigação do 4° DP, Edmilson Silva, declarou que a
polícia já sabe quem foi o responsável pelo assassinato. Segundo ele, um
homem que andava com Vanessa e também dormia no CSU.
“não podemos dizer o nome do assassino, mas já temos”, declarou Edmilson Silva.
ATUALIZADA ÀS 09:45
O tenente George Portela acrescentou que Vanessa foi morta com cinco
golpes de faca, um na garganta, dois na nunca, um na coxa e outro na
perna.
Uma funcionária do CSU disse que ela era fichada no CSU, traficante e
usuária de drogas, moradora de rua e ontem ela a procurou, ameaçada de
morte, e a funcionária a aconselhou a fugir, mas não fugiu.
Além de ser traficante, era jurada de morte com frequência por que
não queria vender o crack e a maconha a preço baixo, ou alguns viciados
queriam que ela entregasse de graça.
No CSU, tem várias latas de refrigerantes cortadas, usadas como cachimbo por usuários de crack.