Sou do tempo em que se fazia curso de datilografia. Vivenciei a passagem da máquina de escrever ao computador, das cartas para os e-mails, da agenda de papel aos assistentes virtuais, das reuniões físicas às videoconferências, do arquivamento físico aos arquivos em nuvem.
E assim como eu, tenho certeza de que muitos Secretários e Secretárias vivenciaram essas revoluções tecnológicas e precisaram se adaptar. Claro que não vivenciamos a era da taquigrafia nem presenciamos o surgimento da máquina de escrever e do telefone, mas se olharmos para uma linha do tempo tecnológica e traçarmos um paralelo com o Secretariado podemos entender os desafios vividos por este profissional ao longo tempo.
Se antes da revolução tecnológica nossas atividades nos exigiam basicamente competências técnicas como atendimento telefônico, redação de documentos, recepção, controle de agenda e organização de reuniões e viagens. Com a passagem para o século XXI evoluímos em um paralelo com a globalização, e-commerce, intensificação das mídias socias, armazenamento em nuvem, inteligência artificial, eventos virtuais, e de repente nos vimos inseridos em uma sociedade cada vez mais pautada no gerenciamento informacional, na produção do conhecimento e na interação entre o mundo on-line e off-line.
Tais transformações exigiram do profissional de secretariado novas competências:
– Competências atitudinais: relacionadas à proatividade, polivalência, auto-gestão, empreendedorismo e criatividade.
– Competências relacionais: as quais voltam-se tanto para o relacionamento intrapessoal quanto aos relacionamentos interpessoais, e estão alinhadas com a inteligência emocional, comunicação, liderança, empatia, senso de equipe e resiliência.
– Competências analíticas: relacionas à co-gestão, exigem organização, visão sistêmica, estratégias, planejamento, controle e tomada de decisão.
– Competências virtuais ou remotas: direcionadas aos trabalhos remotos como a assessoria executiva digital, a organização de eventos virtuais, gestão de mídias e redes sociais, ou seja, competências que demandem maior conhecimento e uso de ferramentas tecnológicas em ambientes virtuais.
E assim agregando competências, seguimos com nosso olhar voltado para o futuro do Secretariado e da Assessoria Executiva remota, cada vez mais resilientes e adaptáveis as novas formas de trabalho.
Autora: Rafaela Aparecida de Almeida é tutora do Curso de Secretariado no Centro Universitário Internacional Uninter.