De sorriso fácil, a pequena Rafaela Eduarda, de apenas de 5 anos foi morta de forma brutal. Os principais suspeitos: a própria mãe, Vani Trates e o padrasto Gilmar de Lima. Eles estão detidos na 15ª SDP e no final da manhã desta quarta-feira (10) a mulher disse de forma fria que havia dado a criança para uma desconhecida na rua.
Quem levou o caso ao conhecimento da polícia foi o tio da criança que esteve na escola Maria Fumiko, e descobriu que Rafaela não comparecia as aulas há vários dias.
De acordo com o tio, alguns vizinhos teriam relatado que era comum brigas entre o casal em que Gilmar dizia para Vani escolher entre ele e Rafaela, o último relato feito em depoimento, é de que o homem deu prazo para Vani se livrar da menina se não ele mesmo o faria.Durante o trabalho de investigação os policiais do GDE (Grupo de Diligências Especiais) chegaram até o local, um poço desativado que fica cerca de 300 metros da residência. Um local de difícil acesso, a terra em volta do poço remexida era um sinal de que o pior havia acontecido e os policiais estavam a poucas horas de encontrar o corpo de Rafaela. Não tinha mais como negar: mãe e padrasto haviam cometido um crime hediondo.
Quem reconheceu o corpo envolto a um cobertor verde foi o tio Valdomiro Trates.
Em depoimento na tarde desta quarta-feira (10), Vani e Gilmar confessaram o crime. Vani disse que Gilmar matou a pequena por espancamento na casa do casal. Eles enrolaram o corpo no cobertor e jogaram no poço.
Agora os dois que já estão sob poder da Polícia Civil serão levados a carceragem da 15ª SDP e devem responder por homicídio e ocultação de cadáver.
O corpo foi encaminhado ao IML de Cascavel.
O Delegado de Polícia Civil convocará uma coletiva para falar sobre o caso que chocou a região.
Na rua tranquila do bairro Tarumã, onde até pouco tempo Rafaela brincava com outras crianças, a manhã foi de grande movimento e comoção. Na casa dos tios da mãe da pequena o corpo foi velado e reuniu na triste despedida, vizinhos, amigos e familiares. Todos muito abalados, os parentes não conseguem entender o que houve ou o que levou o casal a praticar o crime com tamanha violência.
Sobre o caixão, marcada por lágrimas uma foto, a última lembrança do que um dia foi uma criança alegre, feliz.
Mesmo muito emocionadas duas irmãs de Gilmar, padrasto de Rafaela, falaram com nossa equipe. Uma delas Terezinha que por um tempo cuidou da criança, presenciou várias vezes marcas roxas por todo o corpo e que a mãe tentava esconder com roupas cumpridas. A irmã de Gilmar conta que era ameaçada por ele, caso fosse denunciado pelas agressões. “Eu via ela espancada, roxa. Eu briguei com ele, falei que isso não era papel que um homem faça com uma criança. Ele falou que matava eu ou meus filhos se eu falasse alguma coisa”.
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A pequena Rafaela em vida muito alegre |
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Nos braços da futura assassina a sua própria mãe |
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Vani Trates confessou o crime |
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Ao lado do Companheiro criminoso sendo apresentados a policia |
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Gilmar Lima algemado dentro da viatura |
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Restos mortais de Rafaela dentro de um saco plástico |
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O carro do IML conduzindo os restos mortais de Rafaela |
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Parentes de Gilmar e Vani revoltados com a brutalidade |
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Muitos amigos e parentes na casa onde o restos de Rafaela foi velado |
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Milhares de pessoas acompanharam o cortejo até o Cemitério Central da cidade |