O Bloco da Imprensa, tradicional evento do pré-carnaval de São Luís, anunciou o tema para sua edição de 2025: “CRUZ CREDO: nem Fé demais nem Fé de menos”. A escolha, além de infeliz, revela uma insensibilidade que destoa do papel da imprensa séria e respeitosa.
A imprensa, historicamente, tem a responsabilidade de informar com isenção, não de debochar da fé alheia. A crítica ao fanatismo é legítima, mas quando um evento promovido sob o nome da imprensa usa a fé cristã como mote de sátira, ultrapassa-se um limite perigoso: o do respeito.
A responsabilidade pelo tema recai sobre Joel Jacinto, um dos organizadores do bloco. Ao invés de promover uma celebração inclusiva e respeitosa, a escolha feita por ele abre margem para polêmicas desnecessárias e afasta parte do público que poderia prestigiar o evento.
O Carnaval sempre foi um espaço de irreverência, mas há uma linha entre a sátira e a ofensa. O Bloco da Imprensa 2025, ao escolher um tema que flerta com o deboche religioso, se distancia do espírito agregador da festa e lança dúvidas sobre os verdadeiros valores que pretende celebrar.
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