O bode expiatório!!!!

Por Itamargarethe Correia

 Jornalista, Advogada e Pós Graduanda em Direito Tributário.

 Desde a vitória, passando pelo período de transição e até a
presente data, estão tentando, de forma infrutífera, abalar o alicerce que liga
o governador Flávio Dino ao Secretário de Articulação Política e Assuntos
Federativos – Marcio Jerry.

Assim como aconteceu em Imperatriz, quando o secretário
assumiu papel semelhante na gestão de Jomar e Terezinha Fernandes, diariamente,
numa campanha de desconstrução de imagem, atitudes indigestas são atribuídas ao
secretário, que já começa ser visto com antipatia pelos maranhenses.

No entanto, acredito que a análise não vem sendo feita da
maneira mais acertada, pois as ações atribuídas ao “primeiro damo”, um dos
muitos adjetivos que vem sendo utilizado para definir Marcio Jerry, não são de
cunho administrativo, mas, sim, decisório.

Como as informações estão sendo divulgadas, dar-se entender
que Jerry é quem de fato manda no governo. Entretanto, será que aqueles que se
intitulam formadores de opinião ainda não pararam para pensar que, com a
maestria, típica de pessoas inteligentes, 
essa pode ser uma estratégia milimetricamente calculada?

A imprensa e a oposição fazem questão de mostrar um Marcio
Jerry intransigente e centralizador, dando-lhe uma importância que talvez o
mesmo não tenha. A confiança, amizade e o respeito entre ambos é inegável,
porém, essa valoração pessoal, creio eu, só esteja servindo, apenas, para
supervalorizar o secretário, que assisti tudo de camarote sem fazer nada para
desmistificar o que pode ser uma falsa realidade, já que ele, de fato, é o
maior beneficiado.

Dois pontos estão passando despercebido. O primeiro diz
respeito de como as coisas funcionam nas relações, quer seja de emprego,
trabalho ou confiança. Como o próprio nome se auto define, o empregado só
cumpre ordens do patrão, e às vezes acaba servindo de bode expiratório, o que
talvez seja o caso.

Ao tomar qualquer decisão ou prestar declaração, não se
enganem, o secretário apenas está cumprindo ordens. Com a trajetória de vida
vitoriosa e uma personalidade difícil, assim definido pelos mais próximos,
jamais, em hipótese alguma, o governador Flávio Dino se deixaria ofuscar,
manipular ou ludibriar por quem quer que seja.

Na minha modesta análise, acredito que a solidez do elo é
assegurada pela subserviência, pois se ambos tivessem personalidades
semelhantes, dificilmente teriam uma relação harmônica.

Assim sendo, a receita para um convívio tranquilo,
certamente, resume-se no fato de um mandar e o outro ser mandado, por isso
comungo da ideia que os adversários é quem estão dando uma notoriedade
excessiva ao secretário.

O sufrágio popular é o segundo ponto que está sendo
desprezado pela blogosfera e opositores. As poucas vezes que Marcio Jerry se
submeteu a apreciação popular, os resultados foram catastróficos, portanto,
atribuir tanto poder a alguém com reconhecida carência do que alimenta aqueles
que enveredam na política, é sandice, para não dizer loucura.

Ratifico, a amizade é real, haja vista que os dois comungam
o mesmo sonho há décadas, e nada mais justo que depois de conseguir transformar
o sonho em realidade, Marcio tenha um tratamento distinto dos demais.

É compreensivo o fato de o secretário funcionar como uma
espécie de crivo, de forma proposital, com o objetivo de poupar o amigo de
situações incomodas, causada muitas das vezes pela classe política,
empresarial, sindical, e tantas outras.

Também é aceitável que os aconselhamentos de Jerry recebam
uma atenção diferenciada, mas daí alguém acreditar que o governador, dono de
inteligência e perspicácia invejáveis, possa se deixar manipular por esse ou
aquele. Será que alguém em sã consciência pode disseminar, e acima de tudo
acreditar na veracidade de tal informação? Particularmente, acho pouco
provável.

Extraído do blog  de Djalma
Rodrigues